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Irrigação: A diferença na produção e qualidade da noz-pecã

Atualizado: 7 de mai. de 2020

A nogueira-pecã (Carya illinoinensis (Wangenheim) K. Koch) é uma espécie que não suporta solos com excesso de umidade por períodos prolongados, no entanto, é sensível ao déficit hídrico, sobretudo no período de reprodução.






Embora a região sul brasileira não possua uma estação seca definida, frequentemente ocorrem períodos durante o ano com baixo índice pluviométrico, o que dá a “falsa impressão” de que não há necessidade de irrigar as plantas.


O sistema radicular da nogueira-pecã não possui pelos radiculares (raízes finas com maior capacidade de absorção de água e nutrientes) e sim radicelas, o que reduz a eficiência na captação de água do solo. Dessa forma, dependendo das condições do solo, época do ano e do estágio de desenvolvimento da planta, pode sofrer déficit hídrico com apenas três a quatro dias após a precipitação ou irrigação.

Assim sendo, a irrigação é uma das mais importantes ferramentas de manejo que devem ser utilizadas na produção de nozes com qualidade.


Necessidade hídrica


Durante os estádios fenológicos de dormência (junho-agosto) a necessidade hídrica é mínima, no entanto, no crescimento vegetativo e reprodutivo (setembro – março) tem-se aumento no requerimento de água.



Em casos de déficit nesse período, há queda de frutos, redução do tamanho das nozes e, consequentemente, decréscimo na produção.



Água insuficiente da floração até o endurecimento da casca (outubro-fevereiro) resulta em nozes pequenas, pois nesse período ocorre o crescimento padrão de cada cultivar, enquanto a falta de água durante o estádio de enchimento da amêndoa (fevereiro-março) pode causar frutos chochos ou mal preenchidos.



Registro: Jonas Janner Hamann


No final de março até maio, durante o amadurecimento das nozes, o déficit hídrico pode fazer com que as cápsulas permaneçam fechadas, dificultando a colheita das nozes. Nesse mesmo período,o excesso de umidade também pode prejudicar a abertura da cápsula e, consequentemente, aumentar problemas com viviparidade* (https://nogueirapecan.blogspot.com/2019/05/viviparidade-em-noz-peca.html).


Nesse contexto, solos mal drenados devem ser evitados, pois a nogueira-pecã não tolera excesso de umidade. Em condições de solos mal drenados a planta pode morrer ou apresentar desenvolvimento reduzido, com grande queda na produção de nozes.

Após a colheita, até a senescência das folhas, a umidade inadequada reduz a fotossíntese.



Portanto, a falta de água pode afetar o crescimento e a produção das nozes não apenas durante o ciclo atual, mas também no ano seguinte.


A quantidade de água a ser fornecida às plantas via irrigação depende da fase da cultura, das condições climáticas, do tipo de solo e da profundidade a ser irrigada.

Para tanto, cada pomar deve possuir ferramentas que auxiliam o monitoramento

de umidade do solo, sendo o tensiômetro a mais comum dentre elas.



Fonte: Campo&Negócios - Informe técnico da Nogueira Pecan - ed. outubro/2019


Estiagem no RS: Municípios decretam situação de emergência


Perdas superam R$ 46 milhões em Pantano


O prefeito de Pantano Grande, Cássio Soares, assinou o decreto de situação de emergência baseado no laudo da Secretaria de Agricultura, Emater e Defesa Civil do município. Ele aponta as perdas parciais e dados meteorológicos que indicam a continuidade da falta de chuvas expressivas para os próximos dias. O levantamento assinala que o município está há cerca de 30 dias sem a ocorrência de chuvas consideráveis, o que prejudicou a germinação das plantas. Além das perdas na agricultura, o setor de pecuária deve registrar diminuição da produtividade.


Fruticultura: culturas de noz pecan e moranguinho, com 67 hectares. Há perdas na fase de produção do morango e de aproximadamente 60% da produção na etapa reprodutiva de noz pecan.



Seca no Rio Grande do Sul é a pior em 8 anos, diz governo do estado



Governo do RS, Defesa Civil e Emater monitoram efeitos da estiagem para a agricultura no RS




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