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Estudo aponta oportunidades para a noz pecan brasileira

Atualizado: 8 de mai. de 2020


O IBPecan em parceria com a FIERGS, realizou um estudo sobre o mercado mundial de noz pecan e análise sobre a potencialidade para a comercialização da produção brasileira.



1ª Reunião com associados IBPE Projeto de análise do mercado de exportação na FIERGS em Porto Alegre - RS.FIERGS)
1ª Reunião com associados IBPE do Projeto de análise do mercado de exportação na FIERGS em Porto Alegre - RS.


No dia 09 de dezembro, o IBPE convocou seus associados participantes do projeto, para primeira reunião oficial de apresentação do estudo de análise de mercado para exportação da noz-pecan.

Segundo o estudo, o futuro se mostra próspero aos nossos produtores, porque o cenário é de demanda mundial crescendo principalmente na Europa e Ásia, impulsionada pela condição de ser um superalimento, que apresenta produtividade maior do que outras nozes, além de ser muito saudável, atendendo um desejo de consumo cada vez mais forte, principalmente entre a população de alta e média renda.


A China é o maior importador mundial de noz pecan e a guerra comercial deste país com os Estados Unidos abriu oportunidades para o Brasil, ainda que, para tanto, seja necessária certificação para o ingresso do produto brasileiro no mercado chinês. Esta certificação é uma das prioridades de ação do IBPecan.


O estudo entregue pela FIERGS aponta os Estados Unidos como o maior produtor mundial de noz pecan, com produção anual de 150 mil toneladas. Este total foi maior, mas foi reduzido em razão de furacões, em 2018, especialmente na Geórgia, que era a maior produtora norte-americana. O México é o segundo maior produtor, apresentando forte crescimento e se aproximando das 150 mil toneladas. A China por sua vez, tem a terceira colocação, com a sua produção aumentando em ritmo intenso, mas ainda muito insuficiente para atender a sua demanda e sem números consistentes sobre a sua produção. Em um nível menor, a África do Sul também tem elevado o seu desempenho.

Os chineses seguem na liderança das importações do produto dos EUA, seguidos do México, Canadá e Vietnam. Apesar disso, embarques para a China caíram muito em 2018, em espaço ocupado pelo México e que o Brasil pode ocupar uma fatia. Outro aspecto destacado em relação às compras da China é que 93% são adquiridos com casca, sendo beneficiados no país e comidos como snack, com preferência por tamanhos regulares.

No mercado europeu, os maiores compradores de noz pecan dos Estados Unidos são os Países Baixos (US$ 255 milhões/ano), Reino Unido (US$ 165 milhões) Alemanha (US$ 92,6 milhões) e França (US$ 59,7 milhões). E estas compras nos Estados Unidos representam 90% do total de suas importações, ficando com 5% para a África do Sul e 3% para o México.

O estudo aponta grande potencialidade para o Brasil ocupar espaço no mercado europeu, que prefere o produto já descascado. Assim como nos demais países, o produto exige certificações para exportação (fitossanitárias) como acondicionamento do produto, respeito a níveis máximos de resíduos de pesticidas, presença de conservantes e de aflatoxinas, além de regras de rotulagem e de embalagem. Desta forma, a avaliação é de se trata de um mercado a ser conquistado, porém com preparação e pesquisa do mercado brasileiro.

Ainda são apontados mercados um pouco menores, mas que também podem ser observados a Índia, Israel, Coreia do Sul, Japão e Vietnam. Este último tem sido o destino mais procurado pelos EUA, em razão da guerra comercial com a China.


Redação: Adroaldo Filho - jornalista.


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