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A história gaúcha da noz-pecan

Atualizado: 7 de mai. de 2020

No século passado, chegaram as primeiras plantas a serem cultivadas no Rio Grande do Sul. Os atuais produtores contam que, na época, houve um projeto de reflorestamento, com incentivo fiscal governamental, que não foi bem-sucedido. As plantações sofreram com a sarna da nogueira, uma das principais doenças da cultura, que desestimulou a permanência de produtores no setor. Por causa desses problemas, houve um período em que a pecanicultura foi dada como uma atividade sem retorno pela falta de conhecimento e capacitação de profissionais dedicados ao desenvolvimento da cultura.

"Houve um tempo em que a cultura não deu o retorno como se pretendia, mas algumas regiões gaúchas se consolidaram com a produção da nogueira. Foi o caso de regiões da Serra e da Campanha Gaúcha, e dos municípios de Anta Gorda e de Cachoeira do Sul e seu entorno", lembra o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado, Jair Nachtigal.

Ele conta que foram implantados pomares considerados grandes, mas as mudas utilizadas não possuíam qualidade e as plantas se estabeleceram sem uniformidade. Depois, alguns produtores investiram em conhecimento e técnicas de enxertia com uso de mudas de alta qualidade. "Hoje, temos no estado propriedades com cerca de 15 anos de pomares implantados, que estão produzindo muito mais do que o esperado", relata Nachtigal.

Mas com a permanência de produtores dedicados ao cultivo da noz-pecã no Rio Grande do Sul, a pecanicultura foi se reestruturando. A pesquisa agropecuária apoia essa demanda com projetos como o intitulado ''Bases Sustentáveis para a produção de noz-pecã'', que procura identificar cultivares de nogueira mais resistentes aos problemas fitossanitários que acometeram a cultura no passado e que a deixaram estagnada ou esquecida.


Fonte: Revista Grupo Cultivar






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