O diagnóstico do câncer de mama ainda nas primeiras fases da doença ajuda a minimizar o risco de morte. Já a alimentação possui um papel essencial na prevenção.
Por Eduardo Ruedell*
Até poucos anos atrás, o câncer de mama era uma condenação à morte. Hoje já não é mais assim. Tratamentos modernos, novas drogas e os exames preventivos fizeram os números de casos fatais despencarem. Entretanto, a doença ainda causa preocupação para a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2015 a entidade revelou que, no ano anterior, mais de 570 mil mulheres morrem vítimas de câncer de mama. Esse número absurdo concentra-se, sobretudo, em países pobres e entre a população de baixa renda de países em desenvolvimento. De certa forma, essas pessoas são vítimas de sistemas de saúde ineficientes, tendo acesso dificultado à tratamentos e diagnósticos. Além disso, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento de doenças como o câncer, e um deles é a alimentação.
Uma das poucas mudanças que você precisa fazer em sua dieta para se manter longe de vários tipos de câncer é, na verdade, incluir algumas pecans em suas refeições.
Mecanismo e funcionamento
O segredo da pecan é o ácido oleico. Apesar de sua fonte mais conhecida e estudada ser o azeite de oliva, a noz pecan é de longe a mais saborosa e nutritiva. Isso porquê ela contém dezenas de outros nutrientes e minerais, intensificando sua eficácia.
Mas voltando ao ácido oleico, por que ele funciona tão bem no combate e prevenção ao câncer de mama?
Apesar de o mecanismo do seu funcionamento ainda não ter sido completamente desvendado, sabe-se que isso se deve ao fato de ele atuar regulando os oncogenes*. Isso faz com que a possibilidade de surgimento de tumores, por exemplo, diminua.
O ácido oleico contido na noz pecan, também atua diretamente na membrana celular, modificando sua composição, ofecerendo uma ajuda extra na hora da prevenção ao câncer. Essa foi uma das descobertas de uma pesquisa conduzida por cientistas espanhóis liderados pelo biólogo molecular Javier Menéndez, do Instituto de Pesquisa para a Saúde Northwestern, de Chicago, nos Estados Unidos.
Uma pesquisa anterior também mostrou que o ácido oleico é responsável por aumentar consideravelmente a eficácia de vários tipos de quimioterapia, além de proporcionar uma redução de até 25% da probabilidade de de desenvolvimento do câncer de mama em si.
Estes estudos, em especial o conduzido pelo Dr. Menéndez, serviram para amainar um
debate que já se arrastava por décadas entre pesquisadores e profissionais da medicina. Ficou claro que a alimentação tem, sim, grande importância sobre o desenvolvimento e a prevenção de patologias com o câncer, além de comprovar sua influência em mudanças genéticas cujo principal efeito é o aumento da eficácia dos tratamentos tradicionais no combate ao câncer de mama.
E então, quantas nozes comer?
Você já sabe como a noz pecan, através do ácido oleico, pode te ajudar a prevenir e, até mesmo, intensificar o tratamento do câncer de mama. Mas qual é o número ideal de nozes que um adulto saudável deve consumir diariamente?
Para quem gosta de regular o consumo de alimentos, vale a pena usar os valores mínimos recomendados pela USFDA (Food and Drugs Administration), órgão regulador do governo americano, responsável pela qualidade de medicamentos e alimentos. Para eles, um consumo ideal de pecans deve ser de no mínimo 43,5 gramas por dia.
Bibliografia
MENENDEZ, JA., VELLON, L. COLOME, R., LUPU R. Oleic acid, the main monounsaturated fatty acid of olive oil, suppresses Her-2/neu (erbB-2) expression and synergistically enhances the growth inhibitory effects of trastuzumab (Herceptin) in breast cancer cells with Her- 2/neu oncogene amplification. Ann Oncol. 2005;16:359– 371. doi: 10.1093/annonc/mdi090.
*Acadêmico de Comunicação Social/UFSM e Coordenador de Marketing do Hemotify.
Oncogenes* são genes relacionados com o aparecimento e crescimento de tumores, malignos ou benignos, e foram descobertos a partir de estudos feitos com retrovírus. Os tumores surgem quando processos que controlam a divisão, localização e mortalidade da célula, falham.
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