Painel promovido pelo IBPecan e Secretaria de Desenvolvimento mostrou o programa Exporta RS e cases de empresas que diversificaram a produção
A cultura da noz-pecã e as oportunidades de mercado para produtos alimentícios e cosméticos pautaram palestra no Pavilhão Internacional da Expodireto Cotrijal, em Não Me Toque (RS). Promovido pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) e pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul, o painel "A Cultura da Noz-Pecã no Brasil e no Mundo" apresentou cases de trabalhos realizados de agregação de valor ao produto, além do programa Exporta RS.
O coordenador do programa Exporta RS, Sílvio Fernando Andriotti, explanou sobre como funciona o programa, criado em 2016, o qual incentiva empresas gaúchas que queiram entrar no mercado internacional ou expandir as exportações. No final do ano passado a secretaria e o IBPecan começaram a trabalhar a abertura de mercados para os produtores e empresas do Estado. "Sabemos a dificuldade que todos, pequenos e médios, possuem para entrar no mercado internacional. Então o governo do Estado criou este programa que é gratuito, não tem custo, ou seja as empresas só têm a ganhar", ressaltou. Andriotti disse, ainda, que é realizado um estudo de mercado focado no produto que se quer exportar. "Seja noz-pecã, seja cosmético, seja bandeja, caneca, nós estamos fazendo estudos de mercado fora do Brasil e procurando identificar bastante quais são os mercados e quais os potenciais importadores deste produto", acrescentou.
O diretor do IBPecan, Carlos Eduardo Scheibe, representou a entidade no evento. Falou da história do instituto e do trabalho que vem desenvolvendo com instituições públicas, privadas e universidades no sentido de fomento à cultura. "Outra coisa que às vezes a gente tem um pouco de impeditivo é que estamos passando de uma fase extrativista para uma fase comercial. Hoje nós temos uma noz de muito boa qualidade, temos técnicos e intercâmbios. O IBPecan tem um papel muito importante de treinamento e profissionalização tanto de técnicos quanto da mão de obra e, principalmente, estamos fazendo treinamento para classificação e padronização do fruto que o mercado mundial precisa", observou.
Representando a Pecan Brasil, Anelise Scheibe falou sobre o case da empresa, que está investindo em produtos alimentícios. Um dos maiores exemplos é o Pecanttone. "Temos o nosso Pecanttone, que é um panetone de noz-pecã com gotas de chocolate. Fizemos toda uma experiência, procuramos uma indústria especializada em fazer panetones de Santa Maria. Consultamos o projeto Agro BR da CNA, que nos preparou para exportar. Então, se olhar a embalagem, ela ainda tem características para exportação. É um produto diferenciado, nós temos um bom produto", salientou.
O segundo case foi com Victória Pitol, representando a Pitol Cosméticos, que produz linhas de produtos de beleza com a noz-pecã. "Viemos com o objetivo de inovar no mercado e potencializar a diversidade que a noz-pecã tem”, contou, informando que tudo iniciou com um projeto em parceria com três uniões, a Pitol, como família, como empresa, a Unisinos e o Sebrae. "Depois, com esse objetivo cumprido, com os produtos, a Pitol também adquiriu o óleo de nozes, da Nozes Pitol, e puxou para Pitol Cosméticos, e dali fez uma outra linha, que é a linha hidratante". explicou.
Foto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective
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