Produtores estão satisfeitos com a qualidade e indicam que o volume pode chegar a 5 mil toneladas, marco 60% Superior ao do ano passado.
A colheita da noz-pecã já iniciou no Estado e a expectativa é de uma safra histórica e de excelente qualidade. A previsão do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) é de que o país produza entre 4,5 mil e 5 mil toneladas da fruta. Destas, 70% serão colhidas no Rio Grande do Sul, 21% em Santa Catarina e 9% no Paraná.
Em relação à safra passada, severamente afetada por chuvas durante a florada e por estiagem no período de maturação, há perspectiva de um aumento superior a 60% no volume. Já em relação a 2019, a alta deve ser, no mínimo 12%. O rendimento entre fruta e casca também deve ser superior ao de 50% verificado em 2020 em pomares comerciais. “Isso possibilitará que os produtores sejam melhor bonificados pelas indústrias”, projeta o presidente do IBPecan e coordenador da Câmara Setorial do Programa Pró-Pecã, Demian Segatto da Costa.
A expectativa de faturamento dos produtores é de 13 milhões de dólares. Na região de Lajeado, que inclui o município de Anta Gorda, um dos principais produtores no Estado, o preço pratica- do atualmente pelo quilo do pro- duto com casca é de R$ 15, segundo a Emater/RS-Ascar. Já o quilo da noz descascada fica entre R$ 35 e R$ 45.
Para a coordenadora técnica do IBPecan, Marlei Cristine Pranke, esse cenário otimista se explica pelo frio durante o inverno passado, pouca chuva em outubro, época de floração, que favoreceu a polinização e garantiu maior sanidade à planta, e regu- larização de chuvas nos últimos meses, que influenciou no enchi- mento do fruto. “Mas a tendência é de que novos recordes históricos ocorram pelo menos nos próximos dez anos”, adianta Segatto. Isso porque dos 9,6 mil hectares de pomares no país, distri buídos em 1,8 mil propriedades, apenas 4,5 mil hectares já estão em produção comercial. Além de áreas já plantadas, há projeção de expansão dos cultivos para mais 800 hectares neste ano.
Aos interessados em iniciar plantio, o extensionista rural da Emater, Antônio Borba, diz que o manejo é similar ao de qualquer frutífera. Na região de Lajeado, o preço de mudas varia de R$ 35 a R$ 50. A Abertura Oficial da Colheita da Noz-Pecã, promovida pela Secretaria da Agricultura, está marcada para o dia 29 de abril. O evento será transmitido pelo canal da Emater no YouTube.
*Publicado em 18/04/21 - Caderno Rural: Correio do Povo
コメント