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Brasil lança unidade de negócios exclusiva para aumentar vendas à China

Atualizado: 7 de mai. de 2020

O governo pretende abrir novos mercados na China. Na semana passada, o Brasil recebeu sinal verde para vender melões ao país asiático, que consome metade da produção mundial da fruta.Uvas e noz-pecan estão em processo de análise para entrar na China.




Uma especialista em comércio exterior de 36 anos fluente em mandarim é a nova aposta do governo brasileiro para impulsionar exportações para a China, em meio à disputa com os EUA por maior fatia do principal mercado de commodities do mundo. Larissa Wachholz, com mestrado na Universidade Renmin da China, foi convidada em dezembro pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para comandar um núcleo ligado ao seu gabinete dedicado apenas ao país asiático, iniciativa inédita no Brasil.


A missão de Larissa é diversificar as exportações de alimentos brasileiros para além da soja e proteína animal ao seu maior parceiro comercial. Este núcleo é parte da estratégia de de amenizar o impacto das oscilações dos fluxos comerciais entre os dois países.


Mudança de estratégia


A abertura da primeira unidade de comércio dedicada a um único país expõe uma mudança radical na estratégia do presidente Jair Bolsonaro. Na campanha, ele chegou a dizer que a China "não tem coração" e, mesmo depois de assumir o cargo, acusou os chineses de serem predadores, querendo comprar o país. Desde então passou a prevalecer o pragmatismo no governo, já que a China continua a abocanhar parcela cada vez maior das exportações brasileiras - atualmente cerca de 40% do total.


O governo pretende abrir novos mercados na China. Larissa disse que o aumento das exportações de frutas é prioridade. Na semana passada, o Brasil recebeu sinal verde para vender melões ao país asiático, que consome metade da produção mundial da fruta. Se conquistar apenas 1% do mercado chinês, o Brasil pode dobrar o volume de melões exportados globalmente, afirmou a especialista. Uvas e noz pecan estão em processo de análise para entrar na China.


Por outro lado, o aumento do investimento chinês em infraestrutura ajudaria a consolidar os interesses de Pequim no Brasil, disse Larissa. O núcleo comandado por ela está servindo de ponte entre investidores chineses e o Ministério da Infraestrutura, para ampliar a parceria nesta área.


"A China valoriza o planejamento a longo prazo", afirma Larissa.



Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura



 

''Os produtores de noz-pecã apresentaram aos auditores da Secretaria da Fazenda do Estado o pedido de reavaliação da tributação do produto, além da possibilidade de exportar o produto para a China e Estados Unidos.

A demanda foi apresentada pelo Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) durante reunião do Comitê Gestor do Programa Pró-Pecã na Casa do Badesul, na Expointer''. 


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