Análise Econômica da Produção de Nogueira-pecã no Brasil
- IBPecan

- 17 de out.
- 2 min de leitura
Autor: Eduardo Basso, produtor de nogueira-pecã e Associado Fundador IBPecan
->Acesse o artigo na íntegra abaixo ao final do post
Resumo:
O cultivo da nogueira-pecã apresenta-se como uma alternativa econômica sustentável no Brasil, onde ocupa cerca de 10.000 hectares e se insere em um mercado nacional de nozes sem casca estimado em 18.000 toneladas anuais , considerando tambem as importações de pistache , amendoas, walnut, avelãs .
O investimento inicial por hectare situa-se em torno de US$ 20.000,00, com retorno econômico a partir do sétimo ano e horizonte de planejamento entre 20 e 25 anos. A viabilidade do setor depende de fatores como produtividade média, escolha das cultivares, manejo adequado do solo e gestão profissionalizada.
As análises econômicas indicam que, com produtividade de 1.750 kg/ha, o retorno do investimento pode variar entre 15 e 40 anos, dependendo do preço de venda. A evolução histórica dos preços no Brasil entre 2014 e 2025 revela volatilidade influenciada por fatores climáticos, custos de produção, câmbio e dinâmica do mercado internacional. A consolidação da pecanicultura brasileira exige maior competitividade nos custos por quilo, seleção adequada de variedades e preparação para atender a mercados externos com qualidade padronizada. Dessa forma, a nogueira-pecã desponta como atividade estratégica para o agronegócio nacional, especialmente no Rio Grande do Sul, contribuindo para o desenvolvimento econômico regional e para o fortalecimento da indústria.
Introdução
A Pecanicultura configura-se como uma atividade de relevância crescente no Brasil, onde ocupa atualmente uma área aproximada de 10.000 hectares. Após o processamento, suas amêndoas podem ser consumidas diretamente ou utilizadas como matéria-prima em diferentes segmentos industriais, incluindo a produção de doces, óleos e cremes.
O consumo nacional de nozes sem casca é estimado em cerca de 18 mil toneladas por ano. Desse total, aproximadamente 4 mil toneladas correspondem a nozes importadas (walnut ou chilenas), que competem diretamente com as 2 a 3 mil toneladas de noz-pecã sem casca produzidas no Brasil. Assim, identifica-se um mercado potencial da ordem de 7 mil toneladas anuais, volume suficiente para absorver toda a produção proveniente da área atualmente cultivada no país.
Para que esse potencial seja plenamente aproveitado, é imprescindível a adoção de uma gestão profissionalizada, que contemple o monitoramento sistemático dos custos de produção e a projeção de receitas potenciais. Além disso, sem avanços significativos na produtividade por hectare, a atividade tende a apresentar resultados operacionais negativos, realidade já verificada em parte do setor. Ressalta-se, entretanto, que a produção de nogueira-pecã está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
''O objetivo deste trabalho é fornecer informações que auxiliem o investidor na elaboração de um plano de negócios para a nogueira-pecã no Brasil, além de contribuir para a construção de uma visão de futuro compartilhada e para a definição de ações e estratégias setoriais''.
✅ Conclusões Estratégicas
A pecanicultura tem mercado garantido, inclusive se triplicar de volume.
Produtividade é o principal gargalo, não o mercado.
Verticalização e exportação são caminhos para rentabilidade.
Organização setorial, transparência e apoio técnico são essenciais.
A construção de um plano coletivo de metas (IBPecan como eixo) será decisiva para consolidar o setor como cadeia econômica relevante no RS e no Brasil.
Acesse o artigo na íntegra no anexo abaixo:










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